30.9.14
29.9.14
Amanhã | começa a montagem da Sala Do Veado
28.9.14
27.9.14
26.9.14
(Un autre monde est possible, mais il est dans celui-ci) | 2 Biennale Internationale de Casablanca 2014
2013
“O VENTO AFASTARA AS NUVENS”
Técnica mista sobre papel
142 X 123 cm
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2013
“O PRAZER SOLITÁRIO DO SONO”
Técnica mista sobre tela
200 X 149cm
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25.9.14
24.9.14
23.9.14
22.9.14
Où va-t'- on? Tudo isto são restos. Restos de momentos que ninguém quis , porque não gostaram de se ver, restos do primeiro filme em que me lembro de ter chorado. Restos de frases que roubei, de textos que me deram, de coisas que li e nunca esqueci. São coisas assim aos cacos mas todas juntas. E é tudo uma contradição. Enquanto luto pelo esquecimento da imagem capturada, procuro uma nova que só existe provocada pela sensação da que está por baixo. Mas acho que isto é o normal para quem quer mostrar o seu passado, tapando-o. No fundo no fundo andamos sempre a jogar às escondidas.
21.9.14
20.9.14
Samedi | Preparing 2015 | (na versão Monteiro Lobato)
19.9.14
"Estavam alinhadas, dobradas, vincadas. Quietas sobre uma mesa. Cheguei tarde nesse dia, com a consciência que a consciência me tinha feito perder o momento. Como aqueles trapos, o coração estava dobrado, vincado. Selvaticamente desalinhado. Era tarde e adormeci vestida”
18.9.14
17.9.14
A 21 de Novembro de 1974 (praticamente sete meses depois do 25 de Abril) alguém nos ofereceu “Trinta Anos de Mim Mesmo” de Millôr Fernandes. Digo nos, porque o livro apareceu lá por casa como uma bênção dos céus e eu surripiei-o de imediato. Tinha acabado de fazer catorze anos. Hoje tenho cinquenta e quatro e o livro está neste momento na minha mão. E a democracia permitiu sempre que eu fosse “livre como um táxi.”
16.9.14
15.9.14
14.9.14
13.9.14
12.9.14
11.9.14
"Ele deixou cair no cinzeiro o cigarro que se apagara. -Uma vez, quando era menor ainda do que você, brincava com um espelhinho à beira de um poço da minha casa, eu morava numa fazenda meio selvagem. O poço estava seco e era bonito o reflexo do espelhinho correndo como se fosse uma lanterna pela parede escura, sabe como é, não? Mas de repente o espelho caiu e se espatifou lá no fundo. Fiquei desesperado, tinha vontade de me atirar lá dentro pra buscar os cacos do meu espelho. Então alguém - acho que foi meu pai - levou-me pela mão e me consolou dizendo que não adiantava mais nada porque mesmo que eu juntasse, um por um, os cacos todos, nunca mais o espelho seria como antes. Sabe, Virgínia, vejo Laura como aquele espelho despedaçado: a gente pode ir lá no fundo e colar os cacos, mas tudo então o que ele vier a refletir, o céu, as árvores, as pessoas, tudo, tudo estará como ele próprio, partido em mil pedaços. Veja bem, triste não é o que possa vir a acontecer...a morte, por exemplo. Triste é o que está acontecendo neste instante. Ela tem a cabeça doente, o coração doente...E não há remédio. Só o sopro lá dentro é que continua perfeito como o espelho, antes de cair no chão."
10.9.14
" Assim, tu partes. Na minha idade já não se dá importância a uma separação, mesmo que definitiva. Eu bem sei que os seres que amamos e que nos amam mais se vão separando insensivelmente de nós a cada momento que passa. É também deste modo que se vão separando de si próprios. Estás sentado sobre essa pedra e julgas-te ainda aí, mas o teu ser, voltado para o futuro, não adere mais ao que foi a tua vida, e a tua ausência já começou. É certo que compreendo que tudo isto é ilusão, como o resto, e que o futuro não existe. Os homens que inventaram o tempo, inventaram por contraste a eternidade, mas a negação do tempo é tão vã como ele próprio. Não há nem passado nem futuro mas apenas uma série de presentes sucessivos, um caminho perpetuamente destruído e continuado onde todos vamos avançando."
9.9.14
"Conta-me outra vez, é tão bonito que não me canso nunca de escutá-la. Repete-me outra vez que o casal da história foi feliz até morrer, que ela não lhe foi infiel, que a ele nem sequer lhe ocorreu enganá-la. E não te esqueças de que, apesar do tempo e dos problemas, continuavam os beijos todas as noites. Conta-me mais mil vezes, por favor:
8.9.14
7.9.14
"A arte de perder | A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita. Nada disso é sério. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério. – Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério"
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