29.3.14

Clipping (Manuel Falcão @A Esquina do Rio)

"VER - Ana Vidigal tem vindo a desenvolver desde a sua exposição retrospectiva “Menina Limpa, Menina Suja”, no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, em 2010, uma série de pesquisas e ensaios, sempre muito pessoais, onde aqui e ali se sentia a procura de novos rumos. A sua nova exposição, inaugurada esta semana na Galeria Baginski mostra como ela conseguiu encontrar um novo caminho que lhe possibilitou um passo em frente. “Em Primeiro Lugar O Fim”, assim se chama a exposição, reúne 15 novos trabalhos que evidenciam novas formas de ver e de mostrar - não é uma ruptura com o passado, mas é uma mudança de tempo, no sentido em que a obra, agora, se projecta mais no presente e no futuro sem renegar o que ficou para trás. Há elementos de continuidade em algumas peças, mas existe, na maioria, um sentido de descoberta que Ana Vidigal consegue partilhar - e esse é o maior encanto desta nova série de obras. A exposição vai estar até 24 de Maio na Baginski, Rua Capitão Leitão 51-53, ao Beato. A inauguração foi uma festa, com uma animação que vai sendo rara hoje em dia - uma alegria de mostrar o que se faz, que contrasta saudavelmente com o cerimonioso enfado institucional de tantos outros locais."


clipping (Guia do Lazer @ Público)

no Público de hoje sábado

E no Guia da Semana de31 Março a 6 de Março

"Em primeiro lugar o Fim (rigorosamente pessoal)" | ANA VIDIGAL @Baginski, até dia 25 de Maio (3)

The Perversions of Quiet Girls
173 X 114 cm
Colagem sobre papel
2013

26.3.14

É hoje! | Logo à noite, 22h @Baginski Galeria/Projectos I ANA VIDIGAL ( 50º exposição individual caso a memória não me falhe)


“Não gosto disto não gosto daquilo mas como de tudo. Tudo é como quem diz. Mas sim posso dizer que por vezes sou pouco criteriosa naquilo que escolho para comer, apesar de comer de tudo há sempre alguma coisa que aprecio mais.
O tempo é uma chatice  porque me consome
Estava numa caixa, entre guardanapos de papel. Tudo tão velho de repente.
Não sei se cheguei a enviar isto a alguém. Mas é um rascunho e pode ter seguido por carta ou por postal era assim que geralmente acontecia, agora é uma chatice vai tudo por computador e o tempo que me consome ainda é mais rápido. Isto do tempo é mesmo uma chatice.
Esqueci-me  já a quem queria dizer tudo isto. Que maçada ser consciente que a memória sempre me protegeu e que foi nela, na seletiva, em quem eu sempre mais confiei. Agora, que já disse tudo sobre a coisa e o lugar, passo a escrever o que diz no papel que encontrei (...)
Continuo a não gostar disto ou  a não gostar daquilo mas como de tudo . De tudo é como quem diz, petisco aqui petisco ali, mas quando tenho de escolher  o main course, não êxito, fico-me sempre pelo mesmo. Sou de uma fidelidade intermitente, mas sou (...) Je cherche en vain la porte exacte, je cherche en vain le mot exit (...) Enfim, trabalho.