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“ (...) então passei os dedos pela tua boca e enquanto fechavas os olhos perguntei-te: e o ciúme não te mói? A Primavera continua chuvosa. Voltei a passar os dedos pela tua boca. Os dias passam cada dia mais depressa e nas minhas mãos vão aparecendo manchas castanhas. São sardas de velhice a disseste-me tu, entre dois bafos de cigarro. Agora quando fumas, quase não falas e o olhar é tão vago que nem te pergunto nada. Planeamos a viagem ao Rio com um misto de tédio e desespero nervoso. Ambas sabemos que será a última e que jamais nos veremos depois de Setembro. As manchas castanhas não me dão comichão.”