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"A primeira glória é a reparação dos erros.  As ocasiões fazem as revoluções.  O amor é o rei dos moços e o tirano dos velhos.  O amor é o egoísmo duplicado.  Não se perde nada em parecer mau - ganha-se tanto como em sê-lo.  Também a dor tem suas hipocrisias.  O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito, desfaz-se - basta a simples reflexão. Dormir é um modo interino de morrer. O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto.  Matamos o tempo - o tempo nos enterra. Amor repelido é amor multiplicado. De todas as coisas humanas, a única que tem o fim em si mesma é a arte. O destino, como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Não se ama duas vezes a mesma mulher. A vaidade é um princípio de corrupção. Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular. Suporta-se com muita paciência a dor no fígado alheio. A fortuna troca, às vezes, os cálculos da natureza."