12.2.14

"Aspiro a um repouso absoluto" | Hagia Sophia | O Momento Mais Feliz da Vida (4)












"Aspiro a um repouso absoluto e a uma noite contínua.
Poeta das loucas voluptuosidades do vinho e do ópio,
não tenho outra sede a não ser a de um licor desconhecido
na Terra e que nem mesmo a farmacopeia celeste poderia
proporcionar-me; um licor que não é feito nem de vitalidade,
nem de morte, nem de excitação, nem de nada.
Nada saber, nada ensinar, nada querer, nada sentir,
dormir e sempre dormir, tal é actualmente a minha única aspiração.
Aspiração infame e desanimadora, porém sincera."

 in "Projectos de prólogos para «Flores do Mal»"