Amor há só um. Porém, quando é taça cheia, derrama-se sobre a vida, céu, luz, café, a música no ouvido, o beijo do amante, o riso, o livro, uma linha de voo e um verso, derrama-se sobre a vida que a cada dia mais é um dia a menos. É sôfrego o amor que anda assim a contar as batidas do coração, e é contido pelas paredes do tempo – ou do eu temporal, mais exactamente.