1.10.20

ARPAD E AS CINCO | ARPAD E AS CINCO | ANA VIDIGAL NA FUNDAÇÃO ARPAD SZENES VIEIRA DA SILVA | Abertura hoje




Helena que recorria à lista telefónica para nomes

bonitos, Ana que tricotou furiosamente em Nova

​i​orque, Paula a meio formiga meio leão e Lourdes

                                   que não pára no tempo, mas pára o tempo.”

Ana Vidigal

 

 

A exposição de Ana Vidigal (Lisboa, 1960) intitulada Arpad e as cinco dá continuidade à pesquisa estética que a artista tem vindo a realizar sobre algumas problemáticas, nomeadamente, sobre os conceitos de doméstico, intimidade, privacidade, público e exterioridade. Recorrendo ao nome do patrono do museu - Árpád Szenes - as obras apresentadas refletem, com ironia, sobre o papel de artistas mulheres que foram profissionalmente mais bem sucedidas que os seus parceiros masculinos, a saber: Maria Helena Vieira da Silva, Ana Vieira, Paula Rego e Lourdes Castro. Ao prestar homenagem a estas artistas, Ana Vidigal reformula sarcasticamente a conhecida e redutora expressão «por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher».

 

Apesar das cinco obras apresentadas na exposição seguirem o método de trabalho que a artista Ana Vidigal tem desenvolvido em torno da colagem e da pintura sobre recortes de revistas e outras imagens que coleciona e arquiva, a narrativa intrínseca de cada pintura corresponde ao universo imaginário da artista homenageada a que a obra faz referência. Deste modo, a obra Acabou o glamour - para a mhvs, sobre Vieira da Silva, é uma apropriação de um cartaz sobejamente conhecido que a pintora realizou sobre o 25 de Abril de 1974. A intervenção pictórica de Ana Vidigal parece masculinizar a obra com a rigidez que a estrutura retangular e ortogonal historicamente pressupõe. Enquanto na obra Bandalha, sou mais mázinha do que ela - para pr, em homenagem a Paula Rego, Ana Vidigal constrói uma narrativa fantástica com diversas personagens delirantes. A obra Ter mais fôlego para sobreviver - para av, sobre Ana Vieira, utiliza elementos caraterísticos do trabalho desta artista sobre o lugar e o imaginário da casa e do doméstico. A obra Nós, os sonsos essenciais - para LC, referente a Lourdes Castro, apresenta um conjunto de sacos de papel que remetem para o universo arquivista da artista homenageada. Por último, a pintura Errar por último não implica desequilíbrio surpreende pelo possível divertido auto-referencial que a artista faz de si própria.

 

Esta exposição pode ser mais um momento de reflexão, com a ironia e humor caraterísticos da artista Ana Vidigal, sobre o papel das mulheres no meio artístico e na sociedade em geral. Contudo, não se trata apenas de uma crítica unidimensional ou em sentido único, na complexidade da imagética das obras apresentadas parece que a artista dispara em todas as direções e baralha uma possível visão simplista e unívoca a que a arte é adversa.

 

 Hugo Dinis

Setembro 2020







24.9.20

EAT & ART ( Black Book Press) | um projecto CAN The CAN | ( de Victor Moura Vicente e Maria da Luz Tomé)

 


CHEFS José Avillez • José Júlio Vintém • Miguel Laffan • Bertílio Gomes • Miguel Castro e Silva • Alexandre Silva • Tiago Bonito • Ricardo Costa • Noélia • Marlene Vieira • Vítor Sobral • Henrique Sá Pessoa • João Rodrigues • Tiago Bonito • Pedro Lemos • João Oliveira • Leonel Pereira • Pedro Pena Bastos ARTISTAS Rodrigo Oliveira • Pedro Tudela • Nuno Nunes Ferreira • Miguel Palma • Pedro Gomes • Albuquerque Mendes • António Neves Nobre • Hugo Brazão • Fátima Mendonça • Ana Vidigal • Júlia Côta • Liliana Porter • Ana Tiscornia • Mafalda Santos • Suzanne Themlitz Ataíde Pereira Coutinho • Alice Geirinhas The book is avaible @ Can the Can

5.9.20

O DESENHO COMO PENSAMENTO | Clipping

Ciclo "O Desenho como Pensamento" inaugura primeira das 18 exposições em Águeda

 
Porto Canal com Lusa
Águeda, Aveiro, 05 set 2020  
O Centro de Artes de Águeda inaugura hoje o ciclo de exposições e conversas sobre "O Desenho como Pensamento", a decorrer até maio do próximo ano, que inclui obras de criadores como Júlio Pomar, Julião Sarmento e Helena Almeida.
Este ciclo, a decorrer até 18 de maio, é composto por 18 exposições individuais, uma exposição coletiva e outra dedicada à coleção de arte contemporânea Norlinda e José Lima, a que se juntam seis conversas temáticas, envolvendo artistas distintos na sua linguagem conceptual, que privilegiam o desenho na sua obra.
"Este ciclo tem como protagonista o desenho e pretende realçar a sua importância em áreas como a arquitetura, a indústria e o ensino, bem como o seu papel na construção de pensamentos para a formação de ideias e ideologias, sem esquecer o desenvolvimento da prática artística", explicou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Águeda, Elsa Corga.
As iniciativas vão decorrer em vários espaços: Centro de Artes de Águeda (CAA), Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Parque da Alta Vila, Espaço Santos -- Rua Luís de Camões, Canário Lucas -- antiga fábrica, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) e Universidade de Aveiro, Sala Hélène de Beauvoir (Campus Universitário de Santiago).
As exposições individuais, com curadoria de Alexandre Baptista, que é também o diretor artístico do ciclo, dividem-se em seis grupos: o primeiro, de 05 de setembro a 01 de outubro, com Joana Pimentel, na ESTGA/Espaço Santos, Maria Trabulo, no Parque da Alta Vila, e Cecília Costa, no IVV.
O segundo grupo será de 10 de outubro a 04 de novembro, com Miguel Palma, na Sala Estúdio do CAA, Vera Mota, no Parque da Alta Vila, e Filipe Marques, no IVV.
O terceiro, de 14 de novembro a 30 de dezembro, inclui João Louro, na Sala Estúdio do CAA, Anamary Bilbao, no Parque da Alta Vila, e Tiago Baptista, na ESTGA/Espaço Santos.
O quarto bloco decorrerá de 09 de janeiro a 10 de fevereiro, tendo Ana Vidigal, na Sala Estúdio do CAA, "O Desenho no processo industrial", no Canário Lucas, e Luís Paulo Costa, no Parque da Alta Vila.
Juntam-se mais dois blocos de exposições individuais: de 20 de fevereiro a 28 de março, com Miguel Ângelo Rocha, na Sala Estúdio do CAA, Gabriela Vaz Pinheiro, no Parque da Alta Vila, e André Lemos Pinto, na ESTGA/Espaço Santos.
O outro, de 10 de abril a 16 de maio, reúne trabalhos de Sandra Baía, na ESTGA/Espaço Santos, Mariana Gomes, no Parque da Alta Vila; e Paulo Brighenti, no IVV.
A exposição coletiva "Mais Nada se Move em Cima do Papel", com curadoria de Sara Antónia Matos, diretora do Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa, irá decorrer de 14 de novembro a 18 de abril, no espaço expositivo do CAA, apresentando obras de Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, António Bolota, Fernanda Fragateiro, Joana Escoval, Jorge Feijão, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Luisa Cunha, Luís Paulo Costa, Nuno Sousa Vieira, Pedro Tropa, Rita Ferreira, Rita Gaspar Vieira, Rui Chafes, Rui Sanches, Sara Bichão, Sara Chang Yan e Teresa Segurado Pavão.
Além das exposições, o programa do ciclo inclui seis conversas, sempre no Café-Concerto do CAA, e com o desenho como tema de fundo.
O programa deste ciclo está disponível nos 'sites' da Câmara Municipal de Águeda e do Centro de Artes de Águeda www.centroartesagueda.pt.

30.5.20

“For Sale / En venta”, título de un cuadro de Liliana Porter, perteneciente a una de sus series más representativas y que forma parte de la exposición, es también el nombre del proyecto con el que retomamos nuestra actividad después del confinamiento, una muestra colectiva de artistas de la galería, nacionales y extranjeros, con la que, al menos de un modo simbólico, paliar la necesaria distancia social que nos impide reunirnos desde hace meses. | @ GALERIA ESPACIO MINIMO | MADRID




“For Sale / En venta”, título de un cuadro de Liliana Porter, perteneciente a una de sus series más representativas y que forma parte de la exposición, es también el nombre del proyecto con el que retomamos nuestra actividad después del confinamiento, una muestra colectiva de artistas de la galería, nacionales y extranjeros, con la que, al menos de un modo simbólico, paliar la necesaria distancia social que nos impide reunirnos desde hace meses. Una selección de trabajos significativos de los artistas a los que representamos, variados en técnicas, formatos y soportes, que dialogan entre sí creando un complejo sistema de tensiones formales y conceptuales.

STEVEN ARNOLD (USA. Fotografía), MANU ARREGUI (España. Vídeo), NONO BANDERA (España. Cerámica/pintura), BENE BERGADO (España. Escultura), ANNE BERNING (Alemania. Pintura), MARTÍ CORMAND (España/USA. Escultura), MIGUEL ÁNGEL GAÜECA (España. Escultura), TERESA LANCETA (España. Textil), DIANA LARREA (España. Vídeo), MAIDER LÓPEZ (España. Pintura/Acción), ALICIA MIHAI GAZCUE (Uruguay/Rumanía. Dibujo/Intervención), ANTONIO MONTALVO (España. Pintura), JUAN LUIS MORAZA (España. Escultura), MANU MUNIATEGUIANDIKOETXEA (España. Pintura), LILIANA PORTER (Argentina/USA. Pintura), ANA TISCORNIA (Uruguay/USA. Pintura/Ensamblaje) y ANA VIDIGAL (Portugal. Pintura), forman parte de la exposición.

2.4.20

40 anos de TRABALHO | O Mundo ainda não mudou | (manifesto sexagenário)




O mundo ainda não mudou.
O mundo parou e não se sabe por quanto tempo.
Nunca gostei de aprender com crises, catástrofes  naturais e muito menos pandemias.
Quem aprende alguma coisa com a morte de gente anónima, que trabalha para viver melhor e poder usufruir daquilo que os seus ascendentes foram privados por razões sócio económicas, sempre me pareceram uma cambada de imbecis em crise espiritual a pensar que temos de ser punidos por querermos sonhar mais alto.
Sempre desprezei a punição como elemento de aprendizagem.
Quando ouço a frase, “isto vai fazer-nos pensar”, até me dá vómitos.
Quem a diz é uma elite endinheirada, ou /e pseudo intelectual muitas vezes responsável por crimes ecológicos e delitos económicos.

Sou  pintora. Não preciso que o mundo pare para eu pensar.

Talvez seja é de aproveitar, enquanto estão todos a pensar, de afirmar que somos nós artistas que fazemos arte e que chegou a  hora de voltarmos a ser os principais protagonistas depois de termos sido encurralados a um canto como personas non gratas num hipotético “Mundo  Artístico  cheio de glamour”
Chegamos ao ponto de os nomes dos artistas nem aparecerem no cartaz da exposição, sendo as grandes estrelas todos, menos nós.

Vamos arregaçar as mangas e trabalhar, mas agora isto vai ser à nossa maneira.

21.3.20

AMOR - PRÓPRIO | Ana Vidigal | Curadoria de Pedro Quintas | Espaço 531/ Galeria Fernando Santos

“Fora da casinha”
2020
Pintura s/ papel
108,5 X 81 cm
(exemplar único)

“Suíngue e suor”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“A vida que podia ter sido e não foi - Sequoia”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Das tripas coração”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

"Memórias do Cabaret Chinelo”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único
“Não me beijes”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Eu tenho medo do mesmo”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Poço de elevador”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único
“Três gostos de boca”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Não vou voltar ao Texas”
2020
81 X 108,5  cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“The sick rose”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“AVISO”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Vidas Pacatas”
2020
108,5 X 81 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“Chinoiserie”
2020
81 X 108,5 cm
Pintura s/ papel
(exemplar único)

“a pasmaceira e os anos perdidos”
Pintura s/ papel
2020
108,5 X 81 cm
 (exemplar único)