10.7.15

//O ARMÁRIO// ANA VIDIGAL - VIOCHENE | INAUGURAÇÃO DIA 11 (sábado) às 18.00


//O ARMÁRIO//
ANA VIDIGAL  - VIOCHENE





O MEU VESTIDO COR DO CÉU
AMAR FOI A MINHA PERDIÇÃO
ESCRAVA OU RAÍNHA?
PORQUE ME CASEI COM ELE
O AMOR FAZ MILAGRES


          
(...) “Durante três anos, e mais, continuei a sonhar com ela da mesma maneira, segundo a mesma narrativa. Tive então uma espécie de metassonho, que parecia sugerir um fim para este tipo de trabalho noturno. E, como todos os bons finais, não o vi aproximar-se. No meu sonho estávamos juntos, a fazer coisas juntos, num espaço aberto, felizes – tudo da maneira a que me habituara – quando de repente ela viu que aquilo não podia ser verdade, e que devia ser  tudo um sonho, porque ela  agora sabia que estava morta.
           Devia ficar satisfeito com este sonho? Porque esta é a questão final, aflitiva e sem resposta: o que é ter "sucesso" no luto? Consiste em lembrar ou em esquecer? Em estar parado ou seguir em frente? Ou nalguma combinação dos dois? A capacidade de conservar intensamente no espírito o amor perdido, de lembrar sem distorcer? A capacidade de continuar a viver como ela quereria que vivêssemos (embora esta seja a zona ardilosa, em que os pesarosos podem outorgar-se livre–trânsito)? E depois? O que acontece ao coração – (...)”


Julian Barnes in Os Níveis da Vida
Quetzal, serpente emplumada
tradução de Helena Cardoso




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