20.12.14

A pele por fulgurantes instantes muitas vezes abre-se até onde seria impensável que exercesse com tão grande rigor o seu domínio. Não temos então dela senão rápidas visões, onde os reclames do coração se cruzam, solitários e agrestes, reflectidos por trás nos ossos empedrados. Em certas posições vêem-se as cordas do nosso espírito esticadas num terraço. A roupa dói-nos porque, embora nos cubra a pele, é dentro do espírito que estão os tecidos amarrados.