"Aspiro a um repouso
absoluto e a uma noite contínua.
Poeta das loucas
voluptuosidades do vinho e do ópio,
não tenho outra sede
a não ser a de um licor desconhecido
na Terra e que nem
mesmo a farmacopeia celeste poderia
proporcionar-me; um
licor que não é feito nem de vitalidade,
nem de morte, nem de
excitação, nem de nada.
Nada saber, nada
ensinar, nada querer, nada sentir,
dormir e sempre
dormir, tal é actualmente a minha única aspiração.
Aspiração infame e
desanimadora, porém sincera."
in "Projectos de prólogos para «Flores do Mal»"
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