31.1.11

Troca

Rodrigo Oliveira... na parede (cá de casa)

Pastelarias...

e bolos (madalenas) - serie Pastelarias, 2002

28.1.11

Como quem diz

Como quem diz
Antonio Torrado/ ana vidigal (ilustração)
Assirínha
Assírio e Alvim

25.1.11

"Pensas que o sexo terá importância?",

A história subjacente a estes trabalhos conta-se rapidamente. Ana Vidigal acompanhou há tempos a doença de uma pessoa próxima, e passava as horas de espera no hospital a realizar paciências nas folhas de jornais e revistas encontrados nas salas para acompanhantes de doentes. Esses desenhos, frequentemente estereotipados e sem qualidade artística notável, foram depois trazidos para o atelier, ampliados, intervencionados e transformados enfim no conjunto de pinturas que agora podemos ver na galeria 111 de Lisboa. Algumas destas peças estiveram já na representação portuguesa à Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, ainda este ano. Mas esta é a primeira vez que o público pode vê-las em Portugal, juntamente com a contextualização que a série de que fazem parte lhes proporciona.
Como sucede na obra desta artista, todas as obras procedem da apropriação de imagens e objectos pré-existentes e que, por uma razão pessoal, convocam memórias privadas ou sociais relativas à vida de Ana Vidigal. Em séries mais antigas a artista realizou um inventário visual de imagens e modelos que a sociedade portuguesa dos anos 60 (a época do seu nascimento) atribuía à mulher e à rapariga. Eram obras que, apropriando-se do colorido próprio da ilustração da época e sobrepondo-lhe pintura aplicada segundo padrões geométricos, conjugavam a crítica dessa mesma imagem com uma prática eufórica e corrosiva da pintura. Ana Vidigal nunca se coibiu, e bem, de conjugar esta abordagem sociológica dos papéis atribuídos ao género feminino com uma ironia mordaz e a reflexão sobre a sua própria biografia. Ao mesmo tempo, em momentos pontuais realizou instalações tridimensionais que obedeciam ao mesmo processo de trabalho: captação de objectos social e biograficamente significantes, e desvio da sua função primeira através da ironia e do jogo de palavras. "O Véu da Noiva", obra pertencente à Fundação Manuel de Brito, é um bom exemplo do que acabámos de referir.
Com o tempo, contudo, a sua obra depurou-se de uma certa exuberância decorativa e ganhou em profundidade e carga simbólica. Os processos mantêm-se. Mas - e um Project room na feira Arte Lisboa de 2007 foi um marco neste percurso de maturidade crescente - os temas tornaram-se mais incisivos, a liberdade com que matérias e suportes eram utilizados aumentou, e houve uma depuração cromática e formal que se tornou óbvia. Nesse projecto de há dois anos, a artista recriou o seu quarto de infância, e colocou-o em paralelo com o quarto onde o pai viveu durante parte da guerra colonial. No caso desta exposição, as pinturas, ao invés de se construírem sobre tela e de se servirem da cor sem reservas, são feitas a partir de ampliações de grande formato das imagens de jogos de jornal já mencionadas, das quais guardam a contenção cromática e formal. Notam-se todas as impurezas do papel de baixa qualidade e da tinta de impressão. Mas, por cima destes labirintos e quebra-cabeças de fácil resolução, que nunca demoram mais do que uns minutos a resolver, Vidigal sobrepõe pintura, apaga linhas, cria novas formas, acentua ou retira frases de instruções, acrescentando-lhes sentido onde elas já o tinham perdido. Em "Pensas que o sexo terá importância?", o título de uma das obras presentes, por exemplo, o labirinto que permitiria a um esquilo alcançar as avelãs é apagado por pintura, sobre a qual se desenha a silhueta de um napperon de papel: como se a artista nos afirmasse que os labirintos verdadeiros são os da criação artística e os das relações humanas, ficando por demonstrar que uns não são exactamente coincidentes com os outros.
A eficácia da obra de Ana Vidigal vem desta ligação permanente entre o social e o pessoal. Toda a sua obra procede da sua vida, mas, no seu entender, a sua vida é também acção e intervenção. A galeria editou, para esta ocasião, um livro de apresentação da obra da artista realizada desde 2005, onde se inclui uma excelente entrevista contextualizadora feita por Susana Pomba.


22.1.11

Le déjeuner sur l'herbe





Brideshead revisited num dia gelado


love for sale (1)

(a estética da ciência, disse-me o PF)

18.1.11

Atelier 17.01.11


(a experimentar a nova camara HD)

Bombom (doçaria caseira)

It takes two for tango
2011
Técnica mista s/tela
100 X 70 cm

11.1.11

Textos sublinhados (4)

(doar o coração morto?)

Meridiano

«, e assim, olho para o resto como se fosse através de uma longa lente. Tu que passaste por isso, diz-me, existe outra orla? »



(a insónia à esquerda de Greenwich - eu, à direita de Greenwich - tu)
E não, não existe. A mais nada nos podemos agarrar. Com unhas e dentes.

para a ruth rosengarten

Tomorrow is another day

(tomorrow belongs to me)